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Projecto de um Complexo Turístico, composto por um hotel e 22 habitações unifamiliares, para uma área de 3,2 ha, situado na Baia Azul, em Benguela, uma das praias de referência em Angola.

O projecto desenvolve-se envolvido num contexto de espaços verdes públicos e privados que qualificam o empreendimento, acrescidos de coberturas em coberto vegetal que promovem a diluição do impacto da imagem da construção na falésia a tardoz.

Construído de forma faseada e sustentada, numa filosofia de Condom-Hotel, ou seja, habitações com apoio funcional da serventia do hotel, todo o desenho urbano se articulou no sentido da exponenciação de valores como: vistas sobre o mar e a baia, privacidade e qualidade ambiental.

Elaborada sobre uma proposta moderna, na qual se potenciam aspectos criativos, gramáticas e léxicos contemporâneos, identitários de uma obra de autor o projecto recorre a materiais e técnicas usuais na época da intervenção, apostando sobretudo na qualificação do objecto arquitectónico e promove a qualidade ambiental e vivencial ao abrigo das novas tecnologias da arquitectura com a implementação de energia solar para aquecimento e fotovoltaica, de uma ETAR e ainda, com a adopção de modelos de arquitectura Bioclimática, respondendo deste modo, à qualificação do objecto edificado e do próprio environnement.

Um complexo Cultural, em Luanda Sul envolvendo um apart-hotel, um casino e anfiteatro com 2500 lugares e um palco polivalente capaz de responder a solicitações, tão diversas, como um espectáculo de ópera, bailado, teatro ou concertos de música popular ou erudita, ou ainda para um evento desportivo, áreas comerciais, habitacionais e de escritórios desenhados em torno de uma praça integrado no Plano de Desenvolvimento de Talatona, numa óptica de optimização funcional mas também de qualificação e valorização estética do contexto urbano em que se integra.

O enquadramento dos vários edifícios, visou sobretudo promover uma melhor gestão das sinergias funcionais com a co-habitação correcta entre edifícios com ritmos e funções diferentes.
Corpos rectangulares em vidro, metal e pedra com linguagens vinculadas a um discurso neoplástico e que surgem enquanto reminiscência dos conceitos basilares de “praça”. 

Da praça aberta sobre o Mundo e que nos remete gestalticamente para a Ágora Grega redefinida aqui com recurso a planos de água. Potencia-se uma intervenção de excepção, simultaneamente ecológica pelo recurso a energias passivas e a materiais contemporâneos, reveladora das suas próprias capacidades para criar um contexto estético e tecnológico inovador mas simultaneamente erudito e de referência.